segunda-feira, 19 de março de 2012

untitled #1


“You know there will be days when you're so tired that you can't take another step,
The night will have no stars and you'll think you've gone as far as you will ever get!”

Quando saí de casa eu já sabia… Já sabia que o ia ver.
Aliás, eu não tinha ido lá antes porque achava que não ia conseguir estar lá, vê-lo e ser indiferente para com isso… Ou até vê-lo com alguém… ou alguém com ele. Da última vez não me tinha sabido comportar, e não queria mais isso. Só ia voltar quando tivesse a certeza que ia conseguir estar e tudo isso me iria passar ao lado.

E todos os sábados desde então tinha posto sempre numa balança o “porque devia ir” e o “porque não devia”. A resposta quase sempre era: “não podes, não estás preparada e não vais mais repetir a outra noite… Não vais!”
Mas por algum motivo, durante esta semana tive uma epifania: eu estava era com medo! Não de o ver, ou de ver alguém com ele, mas com medo de andar para frente, medo de tornar tudo num passado finalmente real.
E como a semana passada foi especialmente proveitosa a mostrar-me que eu sou capaz de enfrentar os meus medos, tinha de enfrentar este também.

Quando saí de casa eu já sabia… Já sabia que o ia ver. E estava preparada para ser ignorada, para ser tratada como uma estranha. Estava preparada até para ver que ele tinha andado para a frente. Eu queria que isso acontecesse… Eu ia enfrentar os meus medos, e tudo ia ficar num passado distante.
Mas depois não sei, algures lá pelo meio da noite perdi o foco do que era suposto acontecer, e aconteceu a única coisa para a qual eu não estava preparada. Ele foi simpático e eu congelei. Por um momento ali no meio daquela confusão, pareceu que tudo tinha parado e que só o ouvia a ele, ao longe, a falar comigo, e a minha raiva veio toda ao cimo. Quando finalmente recuperei controlo dos meus movimentos e me afastei,  tinha tanta raiva, tanta! Quem é que lhe dava o direito de fazer aquilo? Quem? Porque a mim? Porque?

No dia seguinte quando acordei pensei, apesar de tudo, eu tinha lá ido, tinha enfrentado os meus fantasmas. E depois lembrei-me que havia ainda uma coisa que eu não tinha feito. Um filme, um filme que olhou para mim todo este tempo e que eu não tive coragem de ver.
“Adam“ é o derradeiro filme sobre como tudo na vida pode ser enfrentado, sobre como tudo na vida pode ser mudado, até aquilo que mais nos custa, até aquilo que não acreditamos que somos capazes. É também um filme sobre como vivemos na mesma realidade, mas cada um de nós a vê de forma diferente. Agora eu entendo que a vida de cada um nos leva a ser como somos, mas que se nunca contrariarmos algumas coisas, nunca vamos ser felizes.

Agora entendo que ele tem muito medo de confiar em alguém, muito medo de se magoar, muito medo de, em algum ponto, ser feito de parvo. E isso o faz esperar sempre o pior.
Gostava que ele entendesse também como eu sou... Que espero que o mundo não se resuma a uma data de regras impostas por alguém. Regras que a maioria segue e que não os fazem felizes. Gosto de ser livre, gosto de ser eu. Gosto, acima de tudo, de ser verdadeira e que o sejam comigo. Sou no fundo muito simples. Ao contrário dele, espero sempre o melhor e tento ao máximo ver sempre esse melhor. Porque se esperarmos o pior, o pior acaba por acontecer sempre! Não estamos verdadeiramente a dar uma oportunidade ao bom. Esta sou realmente eu, o “eu” que ele nunca viu… O “eu bom” a quem ele não deu uma oportunidade!
“ So, go where you want to go
And be what you want to be,
If you ever turn around, you'll see me! “
   

quinta-feira, 1 de março de 2012

It's always darkest before the dawn





Esta musica é simplesmente magnifica!
Está perfeita em tudo , até no video, que capta completamente o que eu sinto ao ouvir isto!

E sinceramente nem sei muito bem que diga... 
As coisas são feitas de ciclos: começam, acabam, pensamos que acabam, pensamos que começaram...!
Enfim... 

Mais tarde ou mais cedo toda a verdadeira essência do que cada um de nós é ,acaba por se revelar... E mais vale uma chapada na cara que é verdadeira, que uma vida inteira de mimos que são falsos!

Por isso brindemos ao que somos, e à verdade que há em nós!
E brindemos também às mentiras que contamos a nós próprios para nos sentirmos bem com o que fazemos... Aos moralismos que dizemos da boca para fora e a tudo o que não tem nada de verdadeiro, mas continuamos a repetir até que, eventualmente já ninguém mais se lembra da verdade para nos desmentir!

E por ultimo brindemos à maravilhosa memoria que eu tenho... e aos anos que virão!

"I am done with my graceless heart
So tonight I'm gonna cut it out and then restart...!
It's always darkest before the dawn!"


Freedom

Hoje acordei com esta musica na cabeça. Há coisas realmente do arco da velha e ao fim de 33 anos ainda me surpreendo com o que não de...