quinta-feira, 26 de novembro de 2009

I could use somebody...


"... Someone like you, And all you know, And how you speak!

Countless lovers under cover of the street!"

Uma das coisas que mais prazer me dá é observar cada detalhe do que se passa à minha volta...
Sentar-me num sitio qualquer , num canto qualquer e ficar apenas a olhar tudo o que se passa à minha volta... Como eu costumo dizer , parece que o mundo fica todo em "slow motion" só para que eu consiga percepcionar cada detalhe.

But the "ultimate challenge" é quando se observa alguém em particular... alguém que desperte a nossa atenção por estar envolto em algo que não entendemos, mas queremos muito entender... Isso sim, é uma ciência, é um jogo de paciência, é uma coisa que eu adoro... Gastar o tempo necessário para conhecer de facto aquela pessoa, os seus hábitos, jeitos, manias, formas de estar e de reagir... e no fim quem sabe até, entrar na sua cabeça...olhar para ela e saber exactamente como ela se esta a sentir ou o que está a pensar... Claro que chegar a este ultimo nível não é fácil e muitas vezes nem é sequer possivel.

Por isso, em conclusão, tenho apenas a dizer que há pessoas que me fascinam completamente pelo grau de complexidade que aquelas cabecinhas apresentam. E se neste natal eu pudesse pedir alguma coisa estranha ao pai natal, pediria com certeza que me deixasse entrar na cabeça delas, e compreender tudo o que se lá passa...
Mas como isso ainda não é possivel, vou apenas manter-me no meu jogo de paciência e esperar alcançar o "big prize" um dia destes ;)


sábado, 21 de novembro de 2009

Nobody knows...


" ... the rhythem of my heart

The way I do when I'm lying in the dark
And the world is asleep...
I think nobody knows
Nobody knows
Nobody knows but... Me!"

Why am I always trying to be somebody I'm not? Or live a life that it´s not mine to live?
Why do I keep doing this to myself...? Why??

"It's win or lose, not how you play the game
And the road to darkness has a way
Of always knowing my name
But I think nobody knows"

Acho que devo ter graves problemas em me expressar, em me fazer entender... em me relacionar, em me ligar, em ser apenas simples e estar em sintonia com o mundo...
Acho que ninguém me vê de facto, o que eu sou, o que eu sinto, o que vai dentro do meu coração e da minha alma de verdade...
Acho que o mundo é demasiado duro comigo às vezes... Se isto é Karma, sinceramente, já chega... Tenho ideia já paguei bem por tudo de menos bom que fiz... Se não é, não entendo... Tudo é julgado demais pelo que parece, e de menos pelo que é..
Mas no fim do dia quem sou eu para querer mudar ou virar o mundo... Sou só uma, não tenho força , nem poder para isso... As coisas vão sempre ser o que são e eu acho que nunca vou encontrar o meu lugar , aquele onde eu vou ser reconhecida pelo que sou e não pelo que pareço ser...




sexta-feira, 20 de novembro de 2009

Um hino ao amor...

Em 1991 , tinha eu 6anos, o senhor Lenny Kravitz lançou o album "Mama Said", que incluía a musica "Stand By My Woman".

Nunca gostei especialmente das músicas dele e por isso mesmo nunca tinha ouvido esta musica, até há uns dias atrás... E desde então tenho-a ouvido algumas vezes :)

Ontem à noite decidi então procura-la para ouvir ainda com mais atenção...
E no fim de a ouvir umas 10vezes seguidas, dei por mim de luz apagada, olhos fechados, completamente perdida nos meus pensamentos mais românticos...

É verdade que as coisas nem sempre são fáceis, é verdade que nem sempre vemos as coisas como devíamos ver, é verdade que nem sempre somos as melhores pessoas para quem nos ama... Mas também é verdade que qualquer mulher gostava de ter o homem que ama a admitir que errou e a dizer que vai ficar com ela porque percebeu que está completamente apaixonado...

Acho esta musica deliciosa, um verdadeiro hino ao amor no seu estado mais bonito. Ou seja, não é um amor perfeito, mas dá para sentir que é muito verdadeiro! E no fim do dia, não é isso o mais importante? Ter algo que sabemos que é verdadeiro, é sentido e existe mesmo...

Fica aqui uma versão ao vivo ;)

domingo, 8 de novembro de 2009

A Outra...


"Via a Outra sentada no canto do quarto - frágil, cansada, desiludida. Controlando e escravizando aquilo que devia estar sempre em liberdade: os seus sentimentos. Tentando julgar o amor futuro pelo sentimento passado.
O amor é sempre novo. Não importa que amemos uma, duas, dez vezes na vida - estamos sempre diante de uma situação que não conhecemos. O amor pode levar-nos ao inferno ou ao paraíso, mas leva-nos sempre a algum lugar. É preciso aceita-lo porque ele é o alimento da nossa existência . Se nos recusamos, morremos de fome, enquanto vemos os ramos carregados da árvore da vida, sem coragem para estender a mão e colher os frutos. É preciso procurar o amor onde ele estiver, mesmo que isso signifique horas, dias, semanas de decepção e tristeza.
Porque no preciso momento em que partimos em busca do amor, também ele parte ao nosso encontro.
E salva-nos."
Paulo coelho - "Na margem do Rio Piedra eu sentei e chorei"

quinta-feira, 5 de novembro de 2009

Private emotion


Há mais ou menos um ano e uns meses atrás estava eu em Madrid!

Cidade magnifica! Cheia de vida, de agitação , de pessoas... É indescritível para quem não sentiu o que eu senti... Madrid foi um mundo que se abriu aos meus olhos, e eu vim de lá com a alma cheia de tudo, de todas as sensações e emoções possíveis de serem absorvidas em três dias.

Um dia ia no metro e entra um rapaz... Nada de estranho, se ele não se tivesse sentado no chão da carruagem a chorar... Ninguém sequer olhou para ele... Ninguém a não ser eu... Ele chorava compulsivamente e ninguém sequer desviou o olhar para ele... Lembro-me de ter pensado como é que ninguém olhava para ele, um metro cheio de gente, e aquele rapaz era totalmente invisível... Menos para mim, que até hoje me pergunto o que poderia haver de tão triste ou desesperante na vida dele, para o por a chorar daquela forma...

De facto a vida corre à velocidade do "aqui e agora", dos momentos, dos instantes, dos sentimentos, das decisões, das grandes descobertas, das pequenas constatações, dos encontros e desencontros... E naquele momento aquele rapaz tinha de chorar, tinha de libertar o que quer que fosse que se passava na sua alma e no seu coração e pouco importava o sitio onde estava...

Lembrei-me dele porque de repente me sinto como aquele rapaz... sou tão totalmente invisível que tanto faz o que eu faça, o que eu seja, I´m just a pretty face...
E posto isto desta forma, já não sei muito bem para onde vou, como ser, como agir ou ao que dar realmente valor... Sim sim, I can work my magic e simplesmente ir contra o mundo, ser como bem me dá na telha em cada instante, go with the flow! É bom, é muito bom por um tempo...

O problema é quando o mundo depois vem também contra mim, geralmente com uma força muito superior àquela que eu apliquei inicialmente...Quando o mundo me diz que eu sou apenas um grão de areia no meio de uma infinidade de coisas e me volta a por no meu lugar... Nessa altura eu sou o rapaz do metro, corro para um canto, sinto-me minúscula, sinto que perdi o fio condutor das coisas lógicas na minha cabeça...

" It's a private emotion, that fills you tonight
And a silence falls between us, as the shadows steal the light
And wherever you may find it, wherever it may lead
Let your private emotion come to me...
Come to me, come to me, come to me! "

Now and forever...


Será que alguém tem reparado na lua que tem estado ultimamente??
Ontem ao fim da tarde quando saí de casa para ir correr, olhei para al ua, ainda baixa no céu e fiquei pasmada com o espectáculo que vi! Uma lua enorme, a maior de sempre podia quase jurar! Linda, brilhante, misteriosa... Agora entendo o porque das histórias dos lobisomens... De facto uma lua assim provoca as mais variadas coisas nas pessoas e, decididamente, desperta o nosso lado animal, carnal, disso não tenho qualquer duvida..

Claro que depois de ver aquela lua já fui correr com a cabeça cheia de ideias... Ocorreu-me o que um instante pode mudar na vida de alguém. Tal como eu vi a lua e fiquei perdida nos meus pensamentos, alguém em algum sitio do mundo, de certeza tinha acabado de conhecer aquela pessoa que ia revolucionar o seu mundo...

E por falar em revoluções, ultimamente têm acontecido coisas maravilhosas na minha vida... e basicamente tudo começou assim, com o instante em finalmente senti mesmo que muita coisa precisava mudar...
E desde aí, realmente muita coisa mudou e muita coisa voltou também...
É como se tivesse estado adormecida durante muito tempo e de repente tivesse acordado...
Voltou aquele feeling, voltou aquela loucura, voltou tanta coisa que eu já me tinha esquecido que fazia parte de mim e me fazia feliz...

E como há coisas que nunca mudam, o tempo passa, mas o que faz parte de nós está lá sempre... sempre com a mesma força, sempre com a mesma forma de ser sentido e vivido, é só preciso saber onde procurar... As pessoas nos que conhecem, os ambientes que nos conhecem e que nós tão bem conhecemos, os locais onde já passámos por mil e uma situações, as musicas de sempre, os cheiros de sempre, as imagens e emoções de sempre... está tudo lá!

Freedom

Hoje acordei com esta musica na cabeça. Há coisas realmente do arco da velha e ao fim de 33 anos ainda me surpreendo com o que não de...